Uma pulsação acima dos 70 batimentos por minuto (bpm) aumenta em 39% o risco de enfartes nos doentes coronários, indica um estudo apresentado hoje no Congresso Europeu de Cardiologia. Até aqui tudo bem (excepto o facto de ter 39% mais de probabilidades de enfartes). O brilhante é a frase seguinte. Portugal tem apresentado taxas mais reduzidas de mortalidade por doenças coronárias quando comparado com outros países com as mesmas características, como os países mediterrânicos. Um dos factores que tem sido avançado como justificação, lembrou Seabra Gomes, é o eventual mau preenchimento de certidões de óbito. Ahá! Não é por termos comida mais saudável, ou por fazermos desporto (tipo levantamento do copo 3 nas tascas populares)! Portugal tem taxas reduzidas de mortalidade por doenças coronárias porque as certidões de óbito são mal preenchidas. Por exemplo, uma das causas mais utilizadas é a de ataque de ansiedade por estar a ver futebol manhoso, quer seja no estádio ou em casa, juntamente com umas mines e amendoins. A ministra da saúde, depois de ver esta noticia, vai recomendar acções de formação aos médicos, não para a prevenção das doenças coronárias, mas sim para a melhoria da expressão escrita nas certidões de óbito.
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