O primeiro-ministro José Sócrates anunciou hoje a criação de 10.000 postos de trabalho na sequência da construção de 618 novos equipamentos sociais no âmbito do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES).
Ainda bem que os nossos governantes têm licenciaturas em Engenharia, Economia, e outras coisas acabadas em "ia", tiradas em faculdades completamente isentas e que nunca estiveram sob suspeita de irregularidades, e de fazer exames por faxs e outros meios mais avançados de comunicação, senão começava a suspeitar de que não sabiam fazer contas. Já não bastava o outro dos 3x6 é.. hum.. sim.. é fazer as contas, agora anda-me este a anunciar novos empregos. A questão agora é: estes empregos são para somar aos 150 mil prometidos? Ou são um bónus extra? Ou será que por fazer duas promessas, o governo vai dizer que falhou uma, e cumpriu a outra? Fica com uma percentagem extremamente favorável a nivel estatistico, 50%. E com sorte, se anuncia que os arrumadores necessitam de recibos verdes para começar a trabalhar legalmente, embora não descontando IRS e nem pagando S.Social ( igualando-se em direitos - porque isto é uma democracia - aos mais ricos de Portugal, que dizem que têm rendimentos ao nível do salário mínimo, e o resto das coisas em nomes dos filhos, tios, enteados, filhas de amantes e off-shores em ilhas paradisiacas - e qualquer dia localizados num paraíso fiscal qualquer da lua), fica com o problema dos 150 mil empregos criados. Pronto, pode-se discutir sempre se forem criados ou legalizados, mas é sempre uma questão semântica. E se se lembra de legalizar os pedintes do metro, e os tocadores de musica de determinadas ruas, que recebem (quando recebem) uma miséria por tocarem, bem, então vêm anunciar que ultrapassaram em x% a sua promessa. Acham que estou a exagerar? Ainda não viram os novos cursos "pra malta nova"? Técnico de limpezas de vidros nos semáforos, desbloqueador de porta-bagagens em 5 lições, em caso de car-jacking, técnicas de negociação para os desperdícios junto dos hipermercados, e por aí fora...
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