terça-feira, 6 de maio de 2008

Os burromozóides

As condições naturais para a fecundação entre um homem e uma mulher são bem conhecidas, sendo que da parte do homem é necessário um chorrilho de espermatozóides para fecundar apenas um óvulo (ou seja, o homem é claramente ineficiente neste âmbito). No meio da batalha pela sobrevivência, e pelo início de uma vida, os espermatozóides debatem-se ao longo do trajecto da sua curta vida contra uma série de factores, para além de lutar contra os da sua espécie numa corrida desenfreada. Até há bem pouco tempo, pensava-se que os espermatozóides eram todos iguais, apenas pequenos "girinos" que nasciam, treinavam durante alguns dias (que para eles são anos) para a maratona da sua vida, e depois eram largados às feras pelo seu "dono", correndo cegos por vezes para a perdição, por caminhos nem sempre próprios para locais nem sempre desejados (you know what I mean). Pamela Siluansen, parente afastada da Pamela Andersen, e cientista no SPIT (Suedish Program for Intercourse Treatment), após anos de aturada investigação junto dos machões suecos (casada 8 vezes, e com um incontável numero de amigos, que lhe valeu já a alcunha de Pamela Camarinha), descobriu que os espermatozóides têm diferentes classes sociais, e genes necessariamente diferentes, que determinam a fertilidade, inteligência e sucesso da sua árdua tarefa ao longo da vida. Um dos genes mais enigmáticos são os dos burromozóides. Não se consegue compreender a sua função na hierarquia social. Não fazem rir, não são produtivos, 100% destes "girinos" perde-se no caminho, indo cair em locais errados, não são atléticos, não primam pela inteligência, etc, etc, etc. Com tão poucos atributos, afinal para que servem estes pequenos seres? Destinam-se a dar auto-confiança aos espertamozóides, os espermatozóides que invariavelmente irão fecundar o óvulo. São como soldadinhos de chumbo, protegendo os ultimos de perígos na viagem tal como fungos intestinais, saliva extra - salgada, doces altamente calóricos e espermicidas altamente eficazes. O passo seguinte de Siluansen será escrever uma tese de doutoramento, e aumentar a amostra recolhida, de forma a tirar conclusões mais aderentes à realidade. Inclusivamente já colocou anúncios on-line na página da SPIT, com slogans altamente motivadores: "Help us tasting science - a different aproach", de forma a arranjar voluntários para as suas pesquisas. Segundo informações recentes, o site da SPIT ficou congestionado com mais de 3 milhões de voluntários a aceder ao mesmo tempo, ao que Siluansen comentou "não vou ter mãos a medir".

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