Aparentemente, são dois assuntos distintos, e que provavelmente nunca se iriam cruzar... Mas as iludencias aparudem... Regressando ao meu belo país numa companhia low cost (sim, porque a vida está muito cara, e a malta tem de se desenrascar), dei por mim a querer adormecer e a ouvir vozes estridentes que nunca mais se calavam. Qual não é o meu espanto que depois de identificar o dialecto, identifiquei também a região de origem (Cascais). Parecia quase um furo jornalistico: tias vão de férias em companhias low cost, sem direito a mordomias, ferrero rochés e ambrósios. "Ó Guiduxa, viu aqueles jeitosos dependurados no monumento a tirar fotos? Que pirôsoooo.. Ò Pituxa, e aquele desengonçado que me queria apalpar? Veja lá que tive de aturar aquilo por mêia hóraaa". No meio das alarvidades todas, descobriram que faltava uma tia. "Ó Guiduxa, onde está a Maria? Ah, ficou a apreciar aqueles trapinhos na Zaraaaa. E ela não sabe que o vôo está para partir? O melhor é tufonar!" Maria, onde está você? Já estamos toooodas aqui, prontas para fazer o video final da viagem. O quê, ainda está a ver trapos? Olhe que perde o avião! " Ora nisto, estava na hora do avião partir, já com a porta fechada, mangas recolhidas, tudo sentado à espera da descolagem, uma das tias levanta-se, e vai em direcção à hospedeira a gritar "párem o avião, que a Maria está na porta de embarquee!" Lá a hospedeira teve de lhe explicar que existem horários a cumprir, que as coisas não são como desejam, etc, etc, e vem o comentário mais brilhante : "mas assim vamos partir a horas! Você abra a porta que ela entra!", como se partir a horas fosse algo de completamente descabido. Depois de uns breves minutos de argumentação "tia", lá se resignaram a que a tia Maria tenha perdido o avião. Mas como a tradição ainda é o que era, lá estiveram a cortar na casaca da outra, durante praí uma meia hora, até decidirem fazer a cena final do filme da viagem. "Definam a viagem de féeerias que fizemos numa palavra? Suuuupreeendenteeee". Lições a retirar deste episódio: as tias voam nas low-cost para terem hotéis melhores; detestam cumprir horários; a Zara espanhola é muito mais in do que a Zara portuguesa; o Sá Leão vai começar a ir buscar inspiração para filmes caseiros às recordações de férias das tias, lançando um novo tipo de vocabulário tio-pornográfico suuupreeedenteeeee. Oportunidade de negócio visível: low costs para tias e famosos em falência técnica.
adj., sem atenção; descuidado; abstracto; absorto; concentrado; divertido; entretido;esquecido.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Os gatacães
Todos os dias aprendemos. Hoje descobri que existiam gatacães. Tal como o nome indica, são gatos transexuais, com manias de cães. Tomam suplementos vitamínicos para mudar a voz e ladrarem em vez de miarem. Começaram a perseguir carros, a ter medo de alturas, e a recusar ratos frescos para as refeições.Em vez de terem total liberdade, e se estarem positivamente a marimbar para o dono (a não ser obviamente quando têm fome ou outra necessidade mais básica e necessitam que o papalvo do dono a satisfaça), começaram a ter tiques de cão, como abanar a cauda quando o dono chega a casa, atirarem-se para cima do dono para o babar todo e ladrar, em vez de miar. Alguns destes animais já foram estudados e têm o gene A7882 com anomalias, o que lhes provoca dissabores quando em presença de ratos (não sabem se os comem, ou se fogem deles). Começam a surgir nos hospitais de animais os primeiros psicólogos animais, para combater esta doença que, segundo reputados tótós, perdão, especialistas, vai ser a pandemia dos próximos anos, muito pior que o H5N1. Al Gore, especialista no aquecimento global, afirmou recentemente que espécies como estas começam a surgir derivado do dióxido de carbono que os animais domésticos ingerem quando dão as suas voltas nocturnas nas cidades. Esta afirmação vai de encontro às teorias de Darwin sobre a sobrevivência da espécie mais forte, ou mais apta. O que esta espécie nova está a fazer é a adaptar-se ao meio ambiente, onde cada vez há menos ratazanas pequenas para perseguir (sendo as ratazanas outro animal em mutação genética acentuada), começam os próprios gatos a serem perseguidos pelas ratazanas maiores, e como não podia deixar de ser, pelos canídeos também. Como as ratazanas são muito mais espertas do que os cães, os gatacães tentam agora inflitrar-se no mundo canídeo, de forma a assegurar a sobrevivência da espécie.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Mais de cinco mil doentes receberam doses excessivas de radiações
Pelo menos 5.500 doentes receberam doses excessivas de radiações durante tratamentos no hospital francês de Epinal, entre 1987 e 2006, confirmou hoje o governo, referindo-se ao mais grave problema de saúde em França.
O erro deveu-se a falhas sucessivas, nomeadamente à má utilização dos equipamentos de prestação de cuidados e à insuficiente formação dos especialistas. Segundo se apurou, as radiações estavam contidas em sabres da guerra das estrelas (numa versão futurista da saga de George Lucas, com o nome provisório de Luke Skywalker, a radiação continua), que os especialistas não sabiam dominar correctamente, contaminando doentes indiscriminadamente enquanto se degladiavam pelo hospital fora.
Face ao que sucedeu no hospital de Epinal, o governo francês, pela voz da ministra da Saúde, garantiu que os serviços de radioterapia de 180 centros do país foram "fiscalizados" e "reprogramados" e que a duração da formação dos radiologistas passou de dois para três anos, permitindo duplicar, até 2011, o número de especialistas. O programa de formação é uma incógnita, mas uma fonte anónima confirmou que a formação será dada por especialistas em sabres de luz vindos directamente dos Estados Unidos, filiados na LucasFilm. A formação irá ter lugar numa galáxia distante, e foi já apresentado o plano de formação para os 3 anos. Conterá conceitos como sabre de luz - efeitos colaterais; diferenças entre a luz azul e a luz vermelha dos sabres; como poupar energia quando o sabre não está ligado; o lado escuro da força; efeitos de corte do tubo de soro acidentalmente, sabres de luz e gestores de hospitais - quando a verdade não compensa. O melhor aluno do curso terá direito a uma viagem na nave Millennium BCP Falcon, com direito ao perdão das dívidas fiscais contraídas para pagar os custos com os inocentes pacientes do hospital, entre reconstruções corporais e psicólogos especializados.
Grandes Negócios # 7
Helicopetro Télecomandado Vendo Helicopetro da walkera! Voua mas está sensivel a virarar para os lados, tem algumas peças partidas mas nada de .. Mt bom para peças (todas optimas)! Contem comando de alta distancia! 60€ - costou-me 130 há 2 meses!!
(bem, se calhar foi tão caro porque estava inteiro, não?? Ah.. já sei.. és o gajo que dá o pontapé na porta do carro naquele anuncio do Yaris)
(bem, se calhar foi tão caro porque estava inteiro, não?? Ah.. já sei.. és o gajo que dá o pontapé na porta do carro naquele anuncio do Yaris)
sábado, 19 de abril de 2008
A medusa Cubozoa (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cubozoa)
Muitos de vós devem estar a perguntar por que carga d'agua vem este tipo para aqui falar de medusas. Se querem saber, nem eu próprio sei porquê. Este estranho post começou a desenhar-se ao visionar uma peça da National Geographic, sobre medusas, onde algures no programa falavam de uma característica interessantissima deste animal: quando se sente ameaçada, ou quando sente que vai morrer, a medusa liberta todos os óvulos e todo o esperma que pode para o oceano, tentando garantir a sobrevivência da espécie. Comecei a pensar logo na semelhança com o fim da legislatura dos governos, em que com o medo de não serem reeleitos, desatam a criar todo o tipo de cargos e tachos possíveis, de forma a preservar a sua presença na máquina do Estado. E por curiosidade, fui investigar mais. E não é que as coincidências não acabam aqui?
No link acima, podem consultar a informação completa. Vou-me limitar apenas às coincidências mais óbvias.
Fiquei a saber que estes seres são dotados de 24 (!!!?!!) olhos agrupados em conjuntos de seis, mas apesar de conseguirem receber tanta informação, não está claro como a processam, uma vez que não possuem cérebro. Lembra-vos algo?
Dada a constituição frágil das medusas, estes animais têm obrigatoriamente de matar a sua presa depressa, para que esta não se debata, e não tenha oportunidade de lhes provocar danos. Faz-vos ou não lembrar alguns debates no parlamento, onde antes que se aperceba o que se está a discutir, ataca-se logo os que contestam com argumentos pessoais, que normalmente incluem adjectivos muito rebuscados? Eu suspeito que eles antes de ir para os debates consultam os dicionários da Porto Editora, para ver os sinónimos de meia dúzia de palavras chave - leia-se insultos - e depois os usar repetidamente ao longo do tempo. Aliás, devia ter-se no parlamento estatísticas destes adjectivos e de outros, tal como existe no futebol: nº de adjectivos insultuosos :234; nº de ataques pessoais: 26, nº de defesas incompletas:33; nº de debates falhados:2; nº de intervalos para cigarro e charuto:34; posse de voz mais alta: PS 34%, PSD 34%, PCP 5%, CDS 4%, etc. Deveria haver ainda um programa que analisasse os debates, analisando também o desempenho do árbitro, desculpem, do presidente da assembleia, e do numero de erros que cometeu.
Menciona ainda que o veneno das medusas ataca o sistema nervoso central. Os sintomas incluem um intenso mal estar, acompanhado por dores lancinantes na área afectada, vómitos, náusea e tensão arterial extremamente elevada. Estes sintomas foram descritos como sindrome de Ikurandji. Parece mesmo quando aumentam os impostos: intenso mal estar, acompanhado por dores lancinantes na carteira, vómitos, náusea e tensão arterial elevada, só de pensar como se vai pagar as contas no final do mês. Ainda se inclui insónias e tendências suicidas no trânsito, embora as medusas não tenham esse problema nos oceanos.
Presentemente, ainda não existem antídotos para as toxinas libertadas pelas medusas, e a única acção que parece resultar é a aplicação de vinagre nas zonas afectadas pelos tentáculos. Hum.. será que experimentaram esta acção no governo e nos politicos? Nunca se sabe.. isto abre novas perspectivas para a investigação politica em Portugal!
No link acima, podem consultar a informação completa. Vou-me limitar apenas às coincidências mais óbvias.
Fiquei a saber que estes seres são dotados de 24 (!!!?!!) olhos agrupados em conjuntos de seis, mas apesar de conseguirem receber tanta informação, não está claro como a processam, uma vez que não possuem cérebro. Lembra-vos algo?
Dada a constituição frágil das medusas, estes animais têm obrigatoriamente de matar a sua presa depressa, para que esta não se debata, e não tenha oportunidade de lhes provocar danos. Faz-vos ou não lembrar alguns debates no parlamento, onde antes que se aperceba o que se está a discutir, ataca-se logo os que contestam com argumentos pessoais, que normalmente incluem adjectivos muito rebuscados? Eu suspeito que eles antes de ir para os debates consultam os dicionários da Porto Editora, para ver os sinónimos de meia dúzia de palavras chave - leia-se insultos - e depois os usar repetidamente ao longo do tempo. Aliás, devia ter-se no parlamento estatísticas destes adjectivos e de outros, tal como existe no futebol: nº de adjectivos insultuosos :234; nº de ataques pessoais: 26, nº de defesas incompletas:33; nº de debates falhados:2; nº de intervalos para cigarro e charuto:34; posse de voz mais alta: PS 34%, PSD 34%, PCP 5%, CDS 4%, etc. Deveria haver ainda um programa que analisasse os debates, analisando também o desempenho do árbitro, desculpem, do presidente da assembleia, e do numero de erros que cometeu.
Menciona ainda que o veneno das medusas ataca o sistema nervoso central. Os sintomas incluem um intenso mal estar, acompanhado por dores lancinantes na área afectada, vómitos, náusea e tensão arterial extremamente elevada. Estes sintomas foram descritos como sindrome de Ikurandji. Parece mesmo quando aumentam os impostos: intenso mal estar, acompanhado por dores lancinantes na carteira, vómitos, náusea e tensão arterial elevada, só de pensar como se vai pagar as contas no final do mês. Ainda se inclui insónias e tendências suicidas no trânsito, embora as medusas não tenham esse problema nos oceanos.
Presentemente, ainda não existem antídotos para as toxinas libertadas pelas medusas, e a única acção que parece resultar é a aplicação de vinagre nas zonas afectadas pelos tentáculos. Hum.. será que experimentaram esta acção no governo e nos politicos? Nunca se sabe.. isto abre novas perspectivas para a investigação politica em Portugal!
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Mais vale despedir a equipa que o treinador...
Ministra da Saúde demite equipa da MCSP e segura coordenador A ministra da Saúde demitiu hoje oito dos doze elementos da equipa nacional da Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP) enquanto Luís Pisco, coordenador da MCSP, retirou o seu pedido de demissão.Ana Jorge reuniu-se ontem com a Missão e pediu a "colaboração" de todos os seus elementos para a apresentação do plano estratégico para a criação dos Agrupamentos dos Centros de Saúde (ACES). Hoje, a ministra resolveu demitir a maioria dos elementos da MCSP enquanto o seu coordenador nacional retirava o seu pedido de demissão, apresentado há uma semana, quando confessou ser "incapaz" de levar por diante a reforma pedida pelo Ministério da Saúde.
Frase do dia
Alegre teme que Portugal se torne irrelevante no conjunto da Europa, devido às novas regras do tratado de Lisboa.
(espera lá.. Sou tão distraído que nunca percebi que Portugal era relevante na Europa.. )
(espera lá.. Sou tão distraído que nunca percebi que Portugal era relevante na Europa.. )
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Violencia Doméstica - uma nova era
Segundo uma notícia no portal quioske, o novo Código de Processo Penal significou um retrocesso no apoio às vítimas de violência doméstica, assegura a procuradora-adjunta Maria João Taborda, que salienta o facto de o Ministério Público estar sem poder para emitir mandados de detenção dos agressores.“Actualmente, e salvo em casos de flagrante delito, o Ministério Público não pode ordenar a detenção do agressor, para sua posterior apresentação ao juiz. O máximo que pode fazer é encaminhar as vítimas para uma casa-abrigo, o que, no fundo, é uma revitimização das mesmas, já que as obriga a deixarem os seus lares”, sublinhou a procuradora. Isto é genial ou não? Quer dizer, primeiro a vitima (já de si envergonhada, normalmente com muitos maus tratos, e que nunca quer dar a cara), tem de apresentar queixa na policia. E o que é que acontece? Primeiro devem-lhe perguntar "tem a certeza que essas nódoas negras não foram de escorregar 27 vezes na banheira logo de manhã?", ou "tem de ter cuidado ao deixar os armários abertos, senão está sempre a bater com a cabeça neles, e fica com os olhos inchados". Com perguntas destas, normalmente 70% das vítimas desistem, e a policia esfrega as mãos de contente, por ter evitado preencher 2 resmas de papel A4 cavalinho, com 3 vias, e frente e verso. Mas ainda faltam os outros 30%. Após a corajosa da vitima continuar a insistir que é uma vítima de maus tratos e que a fita na cabeça não é a imitar o Jonh no Rambo 9 - o destruidor de cozinhas, lá o policia com a calma dele puxa pela resma de papel, e começa a preencher a papelada. " Então diga lá como é que tudo se passa". A vitima lá vai desfiando o rol de queixas, enquanto este palita os dentes, e come azeitonas em calda (sem oferecer, claro, ia agora ser simpático para aquela pessoa que lhe está a fazer perder o seu tempo, quando no final não pode fazer nada). No final, depois de arrolar todo o episódio, diz afavelmente "querida vítima, sabe, o máximo que lhe posso fazer é arranjar uma casa abrigo, sabe, daquelas sem condições nenhumas, com WC partilhados por 30 pessoas, e cujos residentes detestam partilhar as suas condições com mais vítimas (ou até gostam, porque têm oportunidade de as vitimizar mais)."
E a vítima fica assim um um terrível dilema: ser novamente violentada por um conhecido ou por vários desconhecidos. Eu confesso: se fosse vítima, preferia conhecer o meu agressor. Ao fim de umas quantas pancadas, sabia exactamente como ele iria bater e com que força. Agora.. ir para uma casa onde existem potenciais agressores, que não conheço.. Vai lá vai. Levo na tromba, mas conheço a pessoa. Até mais tarde lhe posso pedir um autógrafo. E com sorte, não durmo na cama mas durmo no sofá. A sério, não conheço pessoas que tenham sofrido de violencia doméstica, mas com um cenário destes não me admiro que muitas não queiram sair de casa...
Entre Novembro de 2005 e Outubro de 2006, foram assassinadas 39 mulheres em Portugal, pelos seus companheiros ou ex-companheiros, apontam dados hoje divulgados. Em Espanha, só em 2007, morreram 75 mulheres. Um crime de violência doméstica em Portugal é punível com prisão entre um a cinco anos. Em Espanha a moldura penal vai de seis meses a três anos.
O novo Código de Processo Penal, ao retirar ao Ministério Público o poder de emitir mandados de detenção dos agressores, está "de forma acentuada, a prejudicar a protecção que o Estado pode dar às vítimas”, referiu à Lusa. Conclusão a tirar: o Estado ficou com inveja das estatísticas espanholas. Entao os gajos arreiam mais nas mulheres e matam-nas mais que nós? Mas o que é isto? Quem é mau como as cobras somos nós!! Toca a mudar a lei, e a dar mais poderes aos agressores! Daqui a dois anos vão ver! Estamos em primeiro! Meus amigos, a inveja é muito feia. Para além disso, a violencia portuguesa é muito maior. Se forem consultar o INE, nas estatisticas de mortalidade, descobrem rúbricas de causas de morte como " acidentes fatais na banheira com electrocução por ferros de engomar", "quedas na escada com mortais à rectaguarda" e "esmagamentos acidentais de crânios com rolos de massa". Com esta informação devidamente contabilizada, Portugal estava muito à frente de Espanha. Mas já se sabe como é a estatística.. é uma ciencia exacta...
Entre Novembro de 2005 e Outubro de 2006, foram assassinadas 39 mulheres em Portugal, pelos seus companheiros ou ex-companheiros, apontam dados hoje divulgados. Em Espanha, só em 2007, morreram 75 mulheres. Um crime de violência doméstica em Portugal é punível com prisão entre um a cinco anos. Em Espanha a moldura penal vai de seis meses a três anos.
O novo Código de Processo Penal, ao retirar ao Ministério Público o poder de emitir mandados de detenção dos agressores, está "de forma acentuada, a prejudicar a protecção que o Estado pode dar às vítimas”, referiu à Lusa. Conclusão a tirar: o Estado ficou com inveja das estatísticas espanholas. Entao os gajos arreiam mais nas mulheres e matam-nas mais que nós? Mas o que é isto? Quem é mau como as cobras somos nós!! Toca a mudar a lei, e a dar mais poderes aos agressores! Daqui a dois anos vão ver! Estamos em primeiro! Meus amigos, a inveja é muito feia. Para além disso, a violencia portuguesa é muito maior. Se forem consultar o INE, nas estatisticas de mortalidade, descobrem rúbricas de causas de morte como " acidentes fatais na banheira com electrocução por ferros de engomar", "quedas na escada com mortais à rectaguarda" e "esmagamentos acidentais de crânios com rolos de massa". Com esta informação devidamente contabilizada, Portugal estava muito à frente de Espanha. Mas já se sabe como é a estatística.. é uma ciencia exacta...
domingo, 13 de abril de 2008
Grandes Negócios #6
Vendo Sofa cambalhota de 2 lugares em verde alface por 80,00 EUR. Apenas tens uns mesinhos e nunca foi utilizado.
(hum.. acabaram-se as aulas de ginástica? ou a namorada não gostava da côr?)
quinta-feira, 10 de abril de 2008
As ameijoas e a infertilidade
Compostos acumulados nas amêijoas brancas
Químicos de detergentes podem estar ligados à infertilidade humana
Compostos químicos presentes em detergentes e lançados em zonas costeiras através dos esgotos estão a provocar alterações hormonais em amêijoas brancas que podem estar relacionados com problemas de infertilidade de quem as consome, diz uma especialista da Universidade do Algarve. Primeira conclusão: Zezé Camarinha não come ameijoa branca.
Químicos de detergentes podem estar ligados à infertilidade humana
Compostos químicos presentes em detergentes e lançados em zonas costeiras através dos esgotos estão a provocar alterações hormonais em amêijoas brancas que podem estar relacionados com problemas de infertilidade de quem as consome, diz uma especialista da Universidade do Algarve. Primeira conclusão: Zezé Camarinha não come ameijoa branca.
O fenómeno foi detectado pela primeira vez em Portugal no rio Guadiana por uma equipa de investigadores do Grupo de Ecotoxicologia e Química Ambiental do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve (UAlg). A alteração sexual em búzios - que provoca que fêmeas se tornem machos -, já era conhecida, mas a alteração inversa na amêijoa branca (ou lambujinha) é um fenómeno mais recente, disse uma especialista. O fenómeno dá pelo nome de "intersex" e consiste na existência simultânea de características femininas e masculinas no mesmo organismo, sendo que a tendência é que as amêijoas "macho" se tornem em fêmeas, explica a investigadora. Segunda conclusão: Castelo Branco & friends são clientes assíduos da Tasca do Zé Manel, e fartam-se de comer ameijoas brancas e beber imperiais.
Depois do fenómeno ter sido detectado no rio Guadiana, uma equipa de dez investigadores do CIMA está agora a fazer levantamentos noutros locais do Algarve, nomeadamente na Ria Formosa, nas zonas de Tavira e Faro. Terceira conclusão: andam a procurar nos locais errados.
Deviam alargar as buscas a outros locais, nomeadamente assembleias da Republica e outros locais muito in, onde se começa a ver alguns espécimes assexuados.. Ouvi dizer que no Bairro Alto se come umas ameijoas brancas do Trancão que são um mimo...
A equipa do CIMA que está a estudar o fenómeno vai começar a recolher amostras de amêijoas e a analisá-las em laboratório com a finalidade de verificar se estão a ocorrer mudanças de sexo, esperando-se que haja resultados em Setembro. O telefone do CIMA foi alvo nos ultimos dias de uma avalanche de chamadas anónimas, a perguntar se iam investigar em CIMA, e se não estavam a considerar investigar noutras posições bem mais arriscadas. Alguns perguntaram inclusive porque não fazem a investigação em Agosto, período em que passam férias no Algarve e têm mais hipóteses de comer ameijoa branca, com a esperança que isso lhes poupe umas operações de mudança de sexo. Houve inclusive alguém que se voluntariou apenas se as investigações incluirem toque rectal.
Grandes negócios #5
Vendo maquinas de setas e simuladores de crianças
(mas o que raio são simuladores de crianças???)
(mas o que raio são simuladores de crianças???)
segunda-feira, 7 de abril de 2008
domingo, 6 de abril de 2008
Grandes Negócios #4
Tesouras cirurgicas, 80. Porto Salvo, Oeiras
(há quem as traga dos restaurantes, outros trazem dos hospitais)
sábado, 5 de abril de 2008
Crítica Mon cherri
Definição (abreviada) de crítica na wikipédia:
Em jornalismo, crítica é uma função de comentário sobre determinado tema, geralmente da esfera artística ou cultural, com o propósito de informar o leitor sob uma perspectiva não só descritiva, mas também de avaliação.
A crítica é feita pelo crítico, jornalista ou profissional especializado da área, que entra em contato com o produto a ser criticado e redige matérias ou artigos apresentando uma valoração do objeto analisado. Em geral, o crítico não pode apresentar uma avaliação puramente subjetiva, mas também deve apresentar descrição de aspectos objetivos que dêem sustentação a seus argumentos.
O tipo mais comum de crítica é a Crítica Cultural, embora a rigor haja também críticas a todo tipo de produto ou serviço disponibilizado ao público
Bem, lá fiquei eu a saber mais umas coisitas, e vou aplicar já os meus conhecimentos. Primeiro, quem escreveu esta definição ainda não tinha conhecimento do acordo ortográfico (estão a ver, eu a fazer uma crítica mon cherri, hein, hein?). Segundo, a crítica é feita pelo crítico (uau!!!), jornalista ou professor especializado. Mas que raio de discriminação é esta? Crítica é feita por quem a quiser fazer, só que há uns que recebem quando a fazem, outros que não recebem quando as fazem e ainda os que recebem por não a fazerem. Terceiro, em geral, o crítico não pode apresentar uma avaliação puramente subjectiva, e deve apresentar descrição de aspectos objectivos que dêem sustentação aos seus argumentos. Aqui começo a desconfiar que quem escreveu isto não era definitivamente português. Era só o que faltava termos de fazer críticas objectivas! Mais de 99% dos nossos críticos (de politica, de futebol, de bifanas e couratos, etc) iam automaticamente para o desemprego se isto fosse verdade. Quarto, e por ultimo, o tipo mais comum de crítica é a crítica cultural. Lamento, mas acho que vou ter de escrever para a wikipédia, e avisá-los de que estão a cometer uma grande injustiça. O tipo mais comum de crítica é a crítica “mon cherri”, que herdou o nome de uns populares chocolates, os mais vendidos em todo o mundo, e um dos mas vendidos em Serrabulhos de Baixo. E porquê mon cherri? Porque é a crítica do “critico porque me apetece”. E à pergunta mas porquê, vem a invariável resposta “porque me apetece, phone-ix”. Quando o crítico diz “apetece-me algo”, e o mordomo diz “posso ajudá-lo”, o crítico afirma “apetecia-me criticar assim umas coisas, sem razão aparente, nem justificação objectiva, apenas para chatear alguém…”. Vá, sejamos realistas, não é preciso mordomo para nós, portugueses, criticarmos qualquer coisa. O que vale é que nós só criticamos por dois motivos, por tudo e por nada. E temos sempre os argumentos mais sólidos para o fazer. Há pessoas que ainda dividem a crítica em crítica construtiva e critica destrutiva. Na crítica destrutiva englobam as criticas mon-cherri e as outras.. aquelas.. deixa ver… hum… bem, acho que é mesmo só as críticas mon cherri. Na crítica construtiva englobam as críticas que para além de dizerem mal de alguma coisa, ainda dão a sugestão de melhoria. Meus amigos, não lhes chamem crítica construtiva. Já não basta dizerem mal das coisas, ainda têm de mostrar à outra pessoa que se estivessem no lugar dela tinham feito muito melhor, passando-lhe um atestado de estupidez e incompetência ainda maior, reforçando a ideia de que a pessoa tem um cérebro do tamanho de uma amiba? Estas sim, é que são as críticas destrutivas. Bem, depois deste palavreado todo, aguardo as vossas críticas mon cherri (e se quiserem, podem oferecer os chocolates, que eu terei todo o gosto em devorar como não houvesse amanhã).
Em jornalismo, crítica é uma função de comentário sobre determinado tema, geralmente da esfera artística ou cultural, com o propósito de informar o leitor sob uma perspectiva não só descritiva, mas também de avaliação.
A crítica é feita pelo crítico, jornalista ou profissional especializado da área, que entra em contato com o produto a ser criticado e redige matérias ou artigos apresentando uma valoração do objeto analisado. Em geral, o crítico não pode apresentar uma avaliação puramente subjetiva, mas também deve apresentar descrição de aspectos objetivos que dêem sustentação a seus argumentos.
O tipo mais comum de crítica é a Crítica Cultural, embora a rigor haja também críticas a todo tipo de produto ou serviço disponibilizado ao público
Bem, lá fiquei eu a saber mais umas coisitas, e vou aplicar já os meus conhecimentos. Primeiro, quem escreveu esta definição ainda não tinha conhecimento do acordo ortográfico (estão a ver, eu a fazer uma crítica mon cherri, hein, hein?). Segundo, a crítica é feita pelo crítico (uau!!!), jornalista ou professor especializado. Mas que raio de discriminação é esta? Crítica é feita por quem a quiser fazer, só que há uns que recebem quando a fazem, outros que não recebem quando as fazem e ainda os que recebem por não a fazerem. Terceiro, em geral, o crítico não pode apresentar uma avaliação puramente subjectiva, e deve apresentar descrição de aspectos objectivos que dêem sustentação aos seus argumentos. Aqui começo a desconfiar que quem escreveu isto não era definitivamente português. Era só o que faltava termos de fazer críticas objectivas! Mais de 99% dos nossos críticos (de politica, de futebol, de bifanas e couratos, etc) iam automaticamente para o desemprego se isto fosse verdade. Quarto, e por ultimo, o tipo mais comum de crítica é a crítica cultural. Lamento, mas acho que vou ter de escrever para a wikipédia, e avisá-los de que estão a cometer uma grande injustiça. O tipo mais comum de crítica é a crítica “mon cherri”, que herdou o nome de uns populares chocolates, os mais vendidos em todo o mundo, e um dos mas vendidos em Serrabulhos de Baixo. E porquê mon cherri? Porque é a crítica do “critico porque me apetece”. E à pergunta mas porquê, vem a invariável resposta “porque me apetece, phone-ix”. Quando o crítico diz “apetece-me algo”, e o mordomo diz “posso ajudá-lo”, o crítico afirma “apetecia-me criticar assim umas coisas, sem razão aparente, nem justificação objectiva, apenas para chatear alguém…”. Vá, sejamos realistas, não é preciso mordomo para nós, portugueses, criticarmos qualquer coisa. O que vale é que nós só criticamos por dois motivos, por tudo e por nada. E temos sempre os argumentos mais sólidos para o fazer. Há pessoas que ainda dividem a crítica em crítica construtiva e critica destrutiva. Na crítica destrutiva englobam as criticas mon-cherri e as outras.. aquelas.. deixa ver… hum… bem, acho que é mesmo só as críticas mon cherri. Na crítica construtiva englobam as críticas que para além de dizerem mal de alguma coisa, ainda dão a sugestão de melhoria. Meus amigos, não lhes chamem crítica construtiva. Já não basta dizerem mal das coisas, ainda têm de mostrar à outra pessoa que se estivessem no lugar dela tinham feito muito melhor, passando-lhe um atestado de estupidez e incompetência ainda maior, reforçando a ideia de que a pessoa tem um cérebro do tamanho de uma amiba? Estas sim, é que são as críticas destrutivas. Bem, depois deste palavreado todo, aguardo as vossas críticas mon cherri (e se quiserem, podem oferecer os chocolates, que eu terei todo o gosto em devorar como não houvesse amanhã).
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Abusador hipnotista: Julgamento adiado
Ora, não me lixem, é facilmente compreensível porque o juíz adiou o julgamento. Ficou com medo de ser hipnotisado, e dar a absolvição ao meliante, ou de ficar em cuecas no tribunal, ou contar porque é que quando vem a Lisboa, um dos locais favoritos para passear é o Parque Eduardo Sétimo. Enfim, podia estar aqui a discorrer sobre os medos do juíz, dos assistentes administrativos, dos advogados de defesa e acusação, mas não é muito interessante (nem posso divulgar, segredo profissional). O interessante foi a forma que encontraram de lidar com a situação ( e daí o adiamento). Segundo leram na revista Hipnotismo e Saltos Altos (sai todas as terças feiras pares do mês, ouvi dizer), a maneira mais eficaz é colocar de molho duas peças de roupa interior usadas durante 15 dias seguidos, e usá-las no dia do julgamento, em conjunto com dois dentinhos de alho e salsa (nunca percebi esta segunda parte, parece-me mais uma receita, e deve ser desconfortável de usar, mas enfim... coisas de ciencias ocultas).
Segundo consta, antes de partir para estes preparos mais radicais, solicitaram ajuda ao Mago Alexandrino (sim, esse mesmo que para além de hipnotizar as pessoas de uma forma brilhante, ainda tem esculturas de falos feitos em mármore onde vive). O mago Alexandrino tem sido muito prejudicado nos ultimos tempos, pois foi-lhe surrupiada uma colecção inteira de falos, que este estava a preparar para vender ao Joe Berardo - inclusivamente havia um falo em forma de zé-povinho a dizer fu** you - e ainda não conseguiu descobrir quem foi. Embora tenha algumas suspeitas, pois nos chás das 4:30 em Cascais, as tias passaram a vir muito mais sorridentes, e até comentam já a estátua do Cutileiro em Lisboa, mencionando que gostavam de uma daquelas em versão compacta. Esta solução de compromisso não foi avante porque o grande Mago pretendia hipnotizar toda a sala, e fazer um julgamento fantoche, mas a defesa meteu uma providência cautelar.
Adiante. Em conversa com o mago Alexandrino, este revelou alguns dos truques que usa. O maior segredo do hipnotismo está em olhar fixamente nos olhos da vítima, o que leva a uma escolha criteriosa da mesma. Estão excluídos à partida estrábicos e cegos, pois são muito complicados de hipnotisar. O Luis de Matos que o diga, que já tentou efectuar essa proeza sem sucesso (claro que nunca o revelou publicamente, após 4 anos de tentativas, para não manchar o seu bom nome. Acabou por decidir fazer desaparecer o Durão Barroso, e faze-lo aparecer em Bruxelas, tendo sido aplaudido por muitos milhares de portugueses). Há quem use algum tipo de objecto para distrair os hipnotisados, enquanto lhes entram na mente e não só (ver Sócrates, por exemplo, e os 3% de défice, ou o Taveira, com os seus quadros na parede, pendurados estrategicamente por cima do sofá) O local escolhido também é muito importante, pois deve ser efectuado num local tranquilo, como o mercado do Bulhão à quinta feira de manhã, quando chega o peixe da lota. O hipnotisado deve ficar assim num estado de sugestão, que permita ao hipnotizador lhe dizer o que ele deve fazer ou pensar.
Ainda segundo a noticia, o alegado abusador terá sugerido à vítima que se imaginasse numa praia com um rapaz de que gostasse e aproveitou o estado hipnótico para a prática de acto sexual, diz o relatório do Ministério Público. Segundo a acusação, a jovem só percebeu o que lhe aconteceu - e que viria a ser comprovado em testes médico-legais - quando o arguido lhe disse que era casado e que iria deixar a esposa. Ora está à vista o motivo pelo qual a jovem decidiu processar o hipnotizador. Uma coisa é, bem, divertirem-se algumas vezes. Outra coisa é virem-lhe dizer que quer deixar a esposa para ficar com ela. Quem é que lhe disse que ela queria compromissos?
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Os descascadores de batata
Hoje enquanto andava distraído, descobri por acaso um negócio em expansão no território português. A venda de descascadores de batatas. Fiquei espantado. Existe um mercado muito desenvolvido, e consumidores mais ou menos bem informados sobre os descascadores de batatas. A variedade do produto espantou-me. Vai desde os descascadores de batatas que existem nas prateleiras das superfícies comerciais, até aos descascadores de batatas de milhares de euros, que para além de descascar as batatas têm uma panóplia de funcionalidades tal que existem consumidores a pagar balurdios por ele (funcionalidades como descascar as batatas, cortá-las em fatias fininhas, fritá-las, e dar-lhes moldes estranhos, besuntando-as depois com um molho que ainda não consegui identificar).
Os modelos mais baratos como é obvio são os que dão mais chatices. Têm funcionalidades reduzidas, e muitas vezes os consumidores ficam bastante insatisfeitos, acabando-os por trocar por outros com mais capacidades. Há empresas que quase oferecem os descascadores de batatas (FreeDescasca, UltraDescasca), para depois cobrar na assistência aos mesmos, já que dão quase sempre chatices. Como são baratos, os utilizadores acabam por descascar as batatas à mão.
Há os descascadores de batatas de gama altíssima e alta. Estes são comprados por consumidores que compram não só as funcionalidades intrinsecas dos produtos (neste caso o descascar de batatas). Neste segmento os consumidores compram pelo preço (quanto mais caro melhor, para fazer inveja aos vizinhos), pelo passa-palavra (se aquele caramelo tem um raio de descascador de batatas de 10000 euros, vou comprar um de 20000 euros.. quem pensa aquele gajo que é??), e pela segurança ( se é um descascador de batatas Descasca2008, acabado de lançar pela empresa mundial MicroDescasca, então nunca vou ter chatices, pois este produto está instalado nas maiores empresas de refeições do mundo). Há um modelo BAT que embora digam que é dos melhores, é necessário configurá-lo à medida, e a manutenção é muito cara, embora seja adaptável a qualquer tipo de batata. O mais giro disto, é que normalmente quem compra estes descascadores não os utiliza. Manda os outros utilizá-los. E quem os utiliza não gosta deles, nunca teve nenhuma palavra ao escolhé-los, dizem que são muito complexos, e acabam por vezes a descascar as batatas à mão.
Existem depois os de gama média, que para além de descascar batatas têm algumas funcionalidades já desenvolvidas, como gratinar as batatas, entre outras. É neste segmento que a concorrência é mais agressiva, degladiando-se pelos clientes, e fazendo grandes comparações sobre os seus produtos. Neste segmento nem sempre a luta é igual. Existem descascadores de batatas bastante rápidos e fiáveis, que permitem despachar as batatas num instante, independentemente da quantidade de batatas (DescascaSMOOTH). Existem outros que não descascam batatas muito rápido, mas que até têm um marketing muito agressivo, e fartam-se de vender, pois iludem as pessoas com essa informação, e depois do descascador comprado, como é caro, não trocam facilmente (TurboDescasca e TioDescascaV7). Há pessoas indecisas que andam sempre a trocar de descascador, e voltam ao mesmo, pois depois de experimentarem todos os outros, acabam por ver qual é efectivamente o melhor a nivel de relação qualidade / preço. Enfim, agora podia ficar aqui dias a discorrer sobre os descascadores de batatas. Mas o mais interessante é como são vendidos. Existem tácticas das mais diversas. Alguns quase que perseguem os clientes, com campanhas agressivas, de troca de descascadores, de descontos brutais, e que onde ganham é depois na manutenção dos descascadores (nunca pensei, mas existem as lâminas que têm de ser trocadas periodicamente, existem componentes de desgaste rápido, para além de terem de ir à inspecção da ASAE todos os anos). Outros, para comprar um descascador de batatas, quase que é preciso pedir de joelhos para lhos vender. Telefona-se para lá, pede-se uma demonstração e demora uma eternidade. Quando depois conseguimos ver o aparelhómeto e dizemos que é exactamente aquilo que eles querem, fazem-nos mais perguntas sobre as necessidades especificas de descascar batatas, se descascamos muitas ou pouco batatas, se é para um utilizador ou mais, ou seja tantas perguntas que quase que desistimos de comprar. Compramos porque é mesmo bom. Há alguns vendedores que receiam fazer a demonstração dos descascadores ao vivo, não vá terem algum acidente com as batatas, que fazem as demonstrações em powerpoint, dizendo que o descascador vai fazer aquilo que o cliente quer, sendo desenhado à medida. Estes são os mais falaciosos e os mais caros. Com a promessa do nome, os clientes são enganados, e muitas vezes após algum tempo e milhares de euros, trocam-nos pelos da gama média.
Eu ainda ando indeciso. Ando a ver os descascadores. Depois de o comprar, só falta depois comprar as batatas para descascar. Logo eu que gosto de batatas com casca. Maldito consumismo.
terça-feira, 1 de abril de 2008
1 de Abril
Todos os anos, cada vez que chega este dia, fico pasmado. Sério. Os portugueses, que passam todo o ano a criticar os politicos por estes faltarem às promessas, mentirem, ludribiarem os outros, tornam-se iguais ou melhores de que muitos politicos. É ver quem arranja a melhor mentira, a melhor desculpa para contar ao amigo, ao vizinho, ao país inteiro. E obviamente alguns politicos até ficam envergonhados, com a criatividade de alguns dos seus condidadãos...
Sei de fonte segura que os politicos nestes dias vingam-se dos eleitores. Fazem reuniões secretas, comicios, grandes apresentações, marcam congressos extraordinários, visitam todo o povinho. Por vingança dizem algumas verdades. E ficam todos satisfeitos. O povo adora e ri-se com expressões "epá, estes gajos são mesmo bons a inventar". E se as coisas correm mal, têm sempre a melhor das desculpas. "O quê, não me diga... Então não sabe em que dia é que disse isso?" Houve um partido que inclusive tentou que este dia fosse um feriado nacional, mas esta sugestão foi chumbada pela classe política, por entender que era injusto que os cidadãos que trabalham deixassem de trabalhar para descansar e inventar, quando eles têm de o fazer todos os dias, sendo pagos para isso. E existia sempre o perigo de acabarem por ser tão bons nisso, que iriam abraçar a carreira política, o que obviamente geraria concorrência acrescida nos jobs for the bois, perdão boys. Sim, decididamente em vez de lhe chamarem dia 1 de Abril, dia das mentiras, deviam-lhe chamar 1 de Abril, dia dos politicos. Sempre prestavam uma homenagem aos melhores humoristas portugueses (embora involuntários), que por vezes quando abandonam a vida politica têm lugar garantido (e com um sucesso estrondoso) em espectáculos de stand-up comedy.
Subscrever:
Mensagens (Atom)